Consciência Plena da Respiração (16 Exercícios de Respiração Consciente)
Discurso sobre a Consciência Plena da Respiração
“Ó bhikkhus, a consciência plena da respiração, se desenvolvida e praticada continuamente, será recompensadora e trará grandes vantagens. Ela conduzirá ao sucesso na prática dos Quatro Fundamentos da Atenção Plena. Se o método dos Quatro Fundamentos da Atenção Plena for desenvolvido e praticado continuamente, ele levará ao sucesso na prática dos Sete Fatores do Despertar. Os Sete Fatores do Despertar, se desenvolvidos e praticados continuamente, darão origem ao entendimento e à libertação da mente.
“Qual é o caminho para desenvolver e praticar continuamente o método da Consciência Plena da Respiração, de modo que a prática seja recompensadora e ofereça grande benefício?
“É assim, bhikkhus: o praticante vai para a floresta ou para o pé de uma árvore, ou para qualquer lugar deserto, senta-se de forma estável na posição de lótus, mantendo o corpo bem ereto, e pratica assim: ‘Ao inspirar, sei que estou a inspirar. Ao expirar, sei que estou a expirar.’
- ‘Ao inspirar uma respiração longa, sei que estou a inspirar uma respiração longa. Ao expirar uma respiração longa, sei que estou a expirar uma respiração longa.
- ‘Ao inspirar uma respiração curta, sei que estou a inspirar uma respiração curta. Ao expirar uma respiração curta, sei que estou a expirar uma respiração curta.
- ‘Ao inspirar, estou ciente de todo o meu corpo. Ao expirar, estou ciente de todo o meu corpo.’ Ele ou ela pratica assim.
- ‘Ao inspirar, acalmo todo o meu corpo. Ao expirar, acalmo todo o meu corpo.’ Ele ou ela pratica assim.
- ‘Ao inspirar, sinto-me alegre. Ao expirar, sinto-me alegre.’ Ele ou ela pratica assim.
- ‘Ao inspirar, sinto-me feliz. Ao expirar, sinto-me feliz.’ Ele ou ela pratica assim.
- ‘Ao inspirar, estou ciente das minhas formações mentais. Ao expirar, estou ciente das minhas formações mentais.’ Ele ou ela pratica assim.
- ‘Ao inspirar, acalmo as minhas formações mentais. Ao expirar, acalmo as minhas formações mentais.’ Ele ou ela pratica assim.
- ‘Ao inspirar, estou ciente da minha mente. Ao expirar, estou ciente da minha mente.’ Ele ou ela pratica assim.
- ‘Ao inspirar, faço a minha mente feliz. Ao expirar, faço a minha mente feliz.’ Ele ou ela pratica assim.
- ‘Ao inspirar, concentro a minha mente. Ao expirar, concentro a minha mente.’ Ele ou ela pratica assim.
- ‘Ao inspirar, liberto a minha mente. Ao expirar, liberto a minha mente.’ Ele ou ela pratica assim.
- ‘Ao inspirar, observo a natureza impermanente de todos os dharmas. Ao expirar, observo a natureza impermanente de todos os dharmas.’ Ele ou ela pratica assim.
- ‘Ao inspirar, observo o desaparecimento do desejo. Ao expirar, observo o desaparecimento do desejo.’ Ele ou ela pratica assim.
- ‘Ao inspirar, observo a natureza sem nascimento e sem morte de todos os fenómenos. Ao expirar, observo a natureza sem nascimento e sem morte de todos os fenómenos.’ Ele ou ela pratica assim.
- ‘Ao inspirar, observo o desapego. Ao expirar, observo o desapego.’ Ele ou ela pratica assim.
“A Consciência Plena da Respiração, se desenvolvida e praticada continuamente de acordo com estas instruções, será recompensadora e de grande benefício.”
Excerto de “Discurso sobre a Consciência Plena da Respiração,” Livro de Cânticos e Recitações do Plum Village, compilado por Thich Nhat Hanh e pelos Monges e Irmãs do Plum Village, Parallax Press.